Oficina realizada dia 19/05/16 no Centro Pop (Centro de Referência para a População em Situação de Rua), com mediação de Ana Flávia (Terapeuta Ocupacional), Danusa (Pedagoga) e Edy Bass (Assistente Social e Músico) junto a população em situação de rua em município de Minas Gerais. A faixa "Morador de rua", com letra de Wagre, também pessoa que esteve em situação de rua, ao qual Edy conheceu em seus trabalhos sociais em BH, está presente no novo disco da Capitania do Samba(2016), foi aprovada pelos personagens principais desta trama da vida real. "Tivemos um bom debate com os usuários do serviço, ao qual cada um teve voz e podemos refletir o cotidiano. Muitos frutos ainda virão a partir desta música. Fui muito feliz em gravar a letra e valorizar o compositor. Estou vendo os bons resultados." Edy Bass.
Ouça e faça download da música acessando www.palcomp3.com/ofinodosamba
Esta música tem uma proposta educativa, sua execução em atividades escolares e ações educativas é livre. Comunique-nos apenas para nos alegrar de sua repercussão.
- LETRA Morador de Rua (letra: Wagre) música: Edy Bass. (Capitania do Samba)
Meu teto tem sido o céu. Minha cama tem sido o chão.
Minha dama é a rua. Minha casa é a sua.
Meu trabalho é pedir. O meu banco meu chapéu.
A sola do meu sapato. O meu calcanhar rachado.
Minhas paredes os quatro ventos.
Sou você mais um rebento.
Melhor diversão não há. Que banhar na praça pública.
O farol vai se fechar. Minha esmola vai chegar.
Peço e quando peço. Arredam os passos.
Vai trabalhar. Vai trabalhar.
Como pode viver alguém. Sem o acalanto de um lar.
Sobrei na sociedade. Desviei da sobriedade.
Açaí, me de um copo. Restaurante me resta a sobra.
Moro na rua e canto Tom Jobim.
Bebam o gole que desce em mim.
Já tive fazenda, já fui doutor. Veio a vida e me levou.
Meus filhos para os quais me dei se envergonham de ter um pai.
Minha mãe vê em mim, desgosto demais.
A essa noite fria. Eu respondo muita cachaça.
A moça bonita que passa. Fantasio e acho graça.
Mudei meu endereço. Rua sem nome, número zero.
Anteontem ganhei um terno.
Pro meu velório ou casamento.
Um sapato um violão, viram em mim algum talento.
Sigo esperançoso, a vida que pra uns é um gozo.
É, mas só eu sei do azedo desta comida, vida e morte, morte e vida.
Como pode viver alguém. Sem o acalanto de um lar.
Sobrei na sociedade. Desviei da sobriedade.
Contato:
capitaniadosamba@gmail.com
31 975092741
Bacana isso, Edy e toda Equipe do Centro Pop....é isso mesmo, a partir do lúdico atingir. transformar e promover a vida digna para quem ainda não usufrui nem do básico para viver.
ResponderExcluirBacana isso, Edy e toda Equipe do Centro Pop....é isso mesmo, a partir do lúdico atingir. transformar e promover a vida digna para quem ainda não usufrui nem do básico para viver.
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